A HISTÓRIA DO MANTIQUEIRA

A trajetória do Policialzinho nas Serras.

O cão-pastor-da-mantiqueira, também chamado de “policialzinho”, é uma raça de cães boiadeiros, empurradores de gado, de  porte médio que teve origem na Serra da Mantiqueira, na Região Sudeste brasileira.

 O apelido policialzinho talvez esteja realmente ligado a sua ancestralidade ou talvez apenas à aparência semelhante ao “policial” (como pastores alemão, belga, holandês, etc), mas de menor porte.

A primeira teoria de origem, considerou que pela aparência e aptidão para pastoreio, o pastor-mantiqueira poderia descender  das raças pastor belga e pastor holandês, e , talvez até  de alguns antecessores do Pastor Alemão,

Mas, o pastor-da-mantiqueira pode ser, mais provavelmente, um descendente de cães ibéricos, como das raças Pastor garafiano e Pastor basco — ambas muito mais semelhantes ao cão brasileiro, em especial o Pastor garafiano — e até mesmo do Can de Palleiro; estas três raças citadas são de origem espanhola, e poderiam ter chegado ao Brasil durante a União Ibérica, o que é mais provável, além do que estas raças também compartilham grande similaridade física com o pastor-da-mantiqueira. Cães pastores de origem portuguesa, como o Cão-da-serra-da-estrela, também podem ter contribuído com a formação do Pastor da Mantiqueira.

Seja qual for a origem o que é certo é que esses ascendentes trazidos da Europa,  teriam chegado à Serra da Mantiqueira no século XX, e nesta região cruzaram entre si e teriam sido selecionados na lida diária com os rebanhos, pelos peões e pelos tropeiros.

Estes trabalhadores precisavam de um bom cão rústico de pastoreio, ágil, forte e resistente para conduzir a boiada por caminhos em que o peão em seu cavalo tinham dificuldade para chegar, devido ao relevo acidentado com declives muito acentuados da Serra da Mantiqueira. E dentro do que sabiam, sempre buscavam acasalar os cães que melhor atendiam as suas necessidades. Com esta seleção durante décadas surgiu a raça.[6] A dificuldade de acesso a serra da mantiqueira também ajudou a manter o plantel da raça relativamente puro e preservado, afastado de genes exóticos de outras raças.

Bem proporcionado, de silhueta suave revelando qualidade,
graça e perfeito equilíbrio, combinando com substância suficiente para conferir uma
impressão de agilidade e resistência, sendo esses os atributos dos representantes
selecionados para esta raça de trabalho. Acostumado à vida ao ar livre é construído para
resistir às variações atmosféricas tão freqüentes no clima da sua região de origem, a
Serra da Mantiqueira. Deve manter presente sua rusticidade, e qualquer tendência à
debilidade é indesejável.

O comprimento do focinho é ligeiramente menor
que comprimento do crânio.

É um cão de trabalho árduo, cheio de
vitalidade, sempre pronto para a ação. Esperto, alerta, responsável, inteligente,
corajoso, ágil, resistente e de bom senso de rebanho e diante da necessidade, trabalha
distante do seu dono.

O comprimento do crânio é ligeiramente maior que focinho.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: De largura média, topo plano.
Stop: Leve.
REGIÃO FACIAL
Trufa: Preta. Em animais claros deve ser de cor preta ou o mais escuro possível, não
admitindo despigmentação.
Focinho: Moderadamente curto e robusto, afinando gradualmente em direção à trufa.
Focinho ligeiramente menor do que o comprimento do crânio. Lábios ajustados nunca
pendentes, e bem pigmentados.
Maxilares / Dentes: Fortes, com mordedura em tesoura perfeita, regular e completa, isto

é, os dentes superiores recobrem os inferiores e são inseridos ortogonalmente aos
maxilares.
Bochechas: Sem bochechas cheias ou arredondadas.
Olhos: Inseridos bem separados, de formato oval e tamanho médio; de cor preto,
castanho ou amarelo, expressão suave, esperta, alegre, e alerta, com as pálpebras bem
pigmentadas.
Orelhas: De tamanho médio, triangulares, inseridas separadas e portadas eretas.
Audição muito sensível.

Pescoço: De bom comprimento, robusto e musculado, levemente arqueados e
engrossando para os ombros.
Tronco: Costelas bem arqueadas. O comprimento do tronco é ligeiramente maior que a
altura na cernelha.
Linha superior: Alinha superior do dorso e do lombo é reta.
Cernelha: Marcada.
Dorso: Firme, reto, curto e bem musculado.
Garupa: Ligeiramente inclinada e suficientemente larga, mas sem excesso.
Linha inferior: Começa abaixo do peito e eleva-se ligeiramente em uma curva
harmoniosa em direção ao ventre, que não é nem pendente, nem esgalgado, mas
ligeiramente elevado e moderadamente desenvolvido.
Peito: Profundo, com costelas bem arqueadas.
Cauda: Preferencialmente que alcance o jarrete e guarnecida de pelo formando uma
franja (cauda em bandeira), característica da raça e conferindo um gracioso contorno e
equilíbrio ao cão. A cauda poderá erguer-se em estado de excitação, mas jamais ser
portada sobre o dorso.

Aparência geral: Visto de frente, paralelos. Ossatura proporcional, forte sem ser pesada.
Ombros: bem angulados.
Braços:
Cotovelos: Trabalham ajustados rente e paralelos ao tórax.
Antebraços:
Metacarpos: Visto de perfil, metacarpos ligeiramente inclinados.
Patas anteriores: De formato oval, almofadas plantares e digitais espessas, robustas e
saudáveis, dígitos bem arqueados e compactos. Unhas curtas e fortes.

Aparência geral: Largos, musculados. Vistos de perfil, a garupa é ligeiramente
inclinada para a raiz da cauda.
Joelhos: Bem angulados.
Coxas: Longas e musculosas.
Pernas
Jarretes: Curtos e robustos. Vistos por trás, os jarretes têm boa ossatura e são paralelos.
Tarsos
Metatarsos: Sólidos e curtos. Ergôs são permitidos.
Patas posteriores: De formato oval, almofadas plantares e digitais espessas, robustas e
saudáveis, dígitos bem arqueados e compactos. Unhas curtas e fortes.

Fluente, suave e incansável, com um mínimo de elevação das
patas, conferindo a impressão de habilidade para movimentação com grande propulsão
e velocidade.

O pelo é de comprimento variável, podendo ser curta, média ou longa,
com pelagem lisa ou crespa.
Pelo: Em todas as variedades, o pelo deve ser denso e de boa textura, subpelo macio e
denso fornecendo boa proteção contra intempéries.
Variedades da pelagem:
A – PELO LONGO: O pelo é curto sobre a cabeça e na parte inferior dos membros,
menos na borda posterior do antebraço que pode ser guarnecida do cotovelo ao carpo
por pelos longos chamados franjas. O pelo é longo e liso sobre o restante do corpo.
Mais longo e abundante ao redor do pescoço e sobre o antepeito, onde ele forma um
colar e uma juba. A entrada do canal auditivo é protegida por pelos espessos. Os pelos,
a partir da base das orelhas, são levantados e emolduram a cabeça. A parte traseira das
coxas é provida de um pelo muito longo e muito abundante, formando culotes. A cauda
é guarnecida por pelos longos e abundantes formando franjas.
B – PELO MÉDIO: O pelo é curto sobre a cabeça e na parte inferior dos membros,
menos na borda posterior do antebraço que é moderadamente guarnecida do cotovelo
ao carpo por pelos mais longos chamados franjas. O pelo é meio longo e liso sobre o
restante do corpo. Moderadamente longo e abundante ao redor do pescoço e sobre o
antepeito, podendo também ter formação de colar e juba. A entrada do canal auditivo é
protegida por pelos espessos. Os pelos, a partir da base das orelhas, são levantados e
emolduram a cabeça. A parte traseira das coxas é provida de um pelo longo e
abundante, formando culotes. A cauda é guarnecida por pelos longos e abundantes
formando franjas.
C – PELO CURTO: O pelo é curto sobre a cabeça e na parte inferior dos membros,
também podendo ser curto na borda posterior do antebraço. Ao longo do corpo o pelo é curto, porém com subpelo. A entrada do canal auditivo pode ou não ser protegida por
pelos (preferencialmente com pelos). A parte traseira das coxas é provida de um pelo
mais longo do que no corpo, assim como a cauda deve permanecer com pelos suficiente
para formação de franjas.
D – PELO CRESPO: Nessa pelagem o que caracteriza são os pelos enrolados ao longo
do corpo, sendo que na borda posterior continua a apresentar pelos longos e lisos. Não
há pelo crespo na região da cana nasal e na testa. A parte traseira das coxas também
pode ser provida de pelo crespo. A cauda pode apresentar pelo crespo, por isso
aparentemente sem formação de franja. 

As cores permitidas são: As cores permitidas são: preto, branco, azulego
(mosqueado preto e branco), mantado (caracterizado por marcações castanho, indo da
marcação mínima à extensiva), dourado em suas nuaces, do mais claro ao mais escuro.
Observação: máscara preta é permitida em azulegos, mantados dourados, em todas as
suas nuances.

Altura na cernelha: A altura desejada é em média de: 48 cm para os machos e fêmeas.
Limites: menos 5 cm, mais 5 cm.
Peso: Proporcional ao tamanho do cão e suficiente para garantir saúde ao animal e
destreza para o trabalho.

Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e
penalizado, na exata proporção de sua gravidade, e de seus efeitos sobre a saúde e o
bem-estar do cão e em sua habilidade para desempenhar seu trabalho tradicional, ou
que prejudiquem sua expressão racial.
• Aparência geral: Muito pesado, com falta de elegância, muito leve ou muito fraco.
• Cabeça: Pesada, muito forte, testa muito arredondada; stop muito marcado ou não
marcado.
• Olhos: Claros, redondos.
• Orelhas: Grandes, longas, muito largas na base, inseridas baixas, divergentes ou
convergentes.
• Pescoço: Fraco; curto ou mal inserido entre os ombros.
• Corpo: Muito alongado; tórax excessivamente arqueadas.
• Cernelha: Pouco marcada.
• Linha superior: Dorso e/ou lombo longos, fracos, selados ou carpeados.
• Garupa: Muito inclinada ou elevada.
• Cauda: portada muito alta
• Linha inferior: Sem esgalgamento ou excessivamente esgalgada.
• Membros: Ossatura muito pesada; vistos de perfil, mal aprumados.
• Movimentação: Com passos muito curtos, pouca propulsão.

• Agressividade, ou timidez excessiva.
• Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento.
• Sem aptidão o trabalho.
• Aparência geral: Exemplares atípicos.
• Trufa, lábios e pálpebras: Sinais de despigmentação.
• Olhos: Claros ou redondos.
• Dentição: Qualquer prognatismo superior ou inferior, oclusão cruzada.
• Trufa, lábios ou pálpebras: Totalmente despigmentados.
• Orelhas: Caídas ou mantidas artificialmente eretas.
• Cauda: Ausência de cauda (de nascimento ou por corte); ou em forma de anel ou
enrolada sobre o dorso.
• Cauda: Portada sobre o dorso ou enrolada.
• Pelo: Insuficiência ou ausência de pelo ou de subpelo.
• Cor: Manchas brancas no peito formando colar com pescoço. Branco nas patas,
ultrapassando os dedos. Ponta da cauda branca. Cores diluídas, cor merle, tigrados
em todas as nuances e malhados

• Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e
acomodados na bolsa escrotal.
• Somente os cães clinicamente e funcionalmente saudáveis e com conformação típica
da raça deveriam ser usados para a reprodução.

Fonte: ABRAPAM

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